sábado, 8 de agosto de 2009

Pesquisadores da Unicamp estão desenvolvendo uma nova proposta de Rede Social Online (RSO)


O e-Cidadania, uma nova proposta de rede social on-line, em desenvolvimento no âmbito do Instituto Virtual de Pesquisas FAPESP-Microsoft Research, foi apresentado nesta quarta-feira (22/7), no 29º Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (CSBC), por Vagner Figuerêdo de Santana, um dos integrantes do grupo coordenado pela professora Maria Cecília Calani Baranauskas, do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas. Estima-se que existem, atualmente, mais de 170 sistemas de Redes Sociais Online (RSO) disponíveis na internet e que o número de acessos vem crescendo a uma taxa de 25% ao ano. De acordo com os pesquisadores, sistemas de RSO favorecem a comunicação entre pessoas em contextos variados e podem ser considerados aliados importantes em processos de inclusão digital.

“No entanto, a socialização desses sistemas em contextos de diversidade de acesso ao conhecimento, como ocorre no Brasil, depende da adequação de tais sistemas para uso universalizado”, disse Maria Cecília à Agência FAPESP. Segundo o pesquisador, embora a temática da RSO tenha despertado o interesse recente de pesquisadores em computação e de áreas afins, não foram encontrados trabalhos na literatura que tenham buscado investigar as RSO frente às necessidades de interação do cidadão comum, especialmente dos digitalmente excluídos.

Para a equipe responsável pelo desenvolvimento do e-Cidadania, o acesso e uso das RSO só será efetivo se, de fato, for considerada a diversidade de habilidades e competências da população. Por isso, é necessário fazer com que esses sistemas motivem e viabilizem a participação dos usuários no processo de produção de conhecimento e decisão sobre seu uso.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Seminário Internacional "Museus e Comunicação: Exposições como Objeto de Estudo" - Museu Histórico Nacional, 5 a 8 de outubro - RJ

Anualmente o MHN, com o apoio do então Departamento de Museus e Centros Culturais do IPHAN e atual Instituto Brasileiro de Museus, em parceria com universidades, instituições culturais e de pesquisa, do Brasil e do exterior, realiza em outubro, mês de sua criação, um seminário internacional abordando temas das áreas das ciências humanas e sociais.
Em 2009, em parceria com o Museu de Astronomia e Ciências Afins/MAST/MCT, o seminário "Museus e Comunicação: Exposições como objeto de estudo" tem como objetivo propor a análise e o debate sobre exposições em museus, considerando serem as mesmas um dos instrumentos fundamentais para a comunicação com o público.
Em debate, questões relativas à comunicação e ao desenvolvimento científico e tecnológico; o uso e o desenvolvimento de diferentes mídias e as estratégias utilizadas para ampliar o diálogo, atrair e seduzir o público de museus. Entre os temas a serem abordados, que caminhos seguir na atualidade, de modo a oferecer exposições cuja linguagem evidencie a capacidade de comunicação dos museus e que possam, a um só tempo propiciar o saber e o prazer. Qual a propensão e agilidade que os museus têm para fazer uso de instrumentos de moderna tecnologia em suas exposições, visando a ampliar o campo de informações e também oferecer uma estética que propicie um tipo de deleite sensorial similar ao que propiciam outras mídias. Serão ainda abordados alguns aspectos que interferem na produção e na montagem das exposições, entre os quais as questões relacionadas ao ambiente, iluminação, suportes e acondicionamento.
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Lançado o Vale-cultura


Prevendo estimular consumo de 14 milhões de pessoas, medida vai conceder bônus de R$ 50 mensais a trabalhadores para serem gastos com cultura. O secretário executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, esclareceu os principais pontos do Vale-Cultura. O Projeto de Lei que institui o benefício aos trabalhadores brasileiros está sendo encaminhado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao Congresso Nacional e a expectativa é de que seja aprovado ainda este ano.

Entenda a proposta do Governo Federal:

O que é o Vale-Cultura?
É a primeira política pública governamental voltada para o consumo cultural. Até hoje, todas as ações tiveram foco no financiamento da cultura. Com o Vale-Cultura os trabalhadores poderão adquirir ingressos de cinema, teatro, museu, shows, livros, CDs e DVDs, entre outros produtos culturais. É uma política de inclusão social. A iniciativa visa estimular a visitação a estabelecimentos de seviços culturais e artísticos com benefícios evidentes na promoção da inclusão sociocultural e na agregação de capital simbólico ao trabalhador. O vale será similar ao já conhecido tíquete-alimentação. Trata-se de um cartão magnético, com saldo de até R$ 50,00 por mês, por trabalhador, a ser utilizado no consumo de bens culturais. As empresas que declaram Imposto de Renda com base no lucro real poderão aderir ao Vale-Cultura e posteriormente deduzir até 1% do imposto devido. O valor do vale leva em consideração o orçamento familiar do trabalhador e possibilitará o consumo de bens culturais sem onerar o beneficiado.

Os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos arcarão com, no máximo, 10% do valor (R$ 5,00). Os que ganham mais de cinco salários mínimos também poderão receber o benefício, desde que garantido o atendimento à totalidade dos empregados que ganham abaixo desse patamar. Para esse contingente de salário mais elevado o desconto do trabalhador poderá variar de 20% a 90%. Estima-se que, cerca de 12 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados pelo Vale-Cultura. Estimativas do Ministério da Cultura mostram que o Vale-Cultura pode aumentar em até R$ 600 milhões/mês ou R$ 7,2 bilhões/ano o consumo cultural no país. Além disso, terá o potencial para fortalecer as cadeias produtivas da Economia da Cultura, por meio da geração de renda, trabalho e emprego em setores mais do setor cultural.

O Projeto de Lei que implementa o Vale-Cultura nasceu de estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram a exclusão cultural no Brasil: apenas 14% da população brasileira vai ao cinema regularmente, 96% não frequenta museus, 93% nunca foi a uma exposição de arte e 78% nunca assistiu a um espetáculo de dança. Como a empresa não será obrigada a conceder o Vale-Cultura, o MinC aposta nas parcerias e benefícios concedidos para fortalecer a iniciativa. De um lado, estão as empresas de lucro real, que podem deduzir até 1% do Imposto de Renda devido, de outro estão diversas as centrais sindicais que já demonstram a intenção de incluir nas negociações coletivas o Vale-Cultura.

Lei Rouanet - Os incentivos fiscais (1% do Imposto de Renda devido) concedidos às empresas de lucro real que optarem pelo Vale-Cultura não concorrem com os benefícios concedidos via Lei Federal de Incentivo à Cultura. Uma empresa que desconta, por exemplo, 4% para a Lei Rouanet poderá apoiar a Cultura também por intermédio do Vale-Cultura. São políticas que se complementam no esforço de diminuir a exclusão cultural no Brasil. A partir da implementação do vale as empresas poderão apoiar paralelamente a produção e o consumo de bens culturais.
Fonte: Grazielle Machado, Ascom/MinC
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PAC das cidades históricas prevê R$ 150 mi por ano


Programa de Aceleração do Crescimento deve investir em obras de recuperação e promoção do patrimônio em 124 cidades tombadas no país

Ministério da Cultura vai anunciar, no dia 28 de agosto, o Programa de Aceleração do Crescimento das Cidades Históricas. O projeto deverá injetar R$ 150 milhões por ano em 124 cidades históricas, com obras de requalificação urbanística, infraestrutura urbana, financiamento para recuperação de imóveis privados, restauro de monumentos e promoções do patrimônio cultural. Entre as cidades, estão as 27 capitais, municípios da Costa do Descobrimento, da Chapada Diamantina e da rota do ouro em Minas Gerais e em Goiás, 18 localidades na Bacia do Rio São Francisco, além das demais localidades tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O plano envolve recursos da Casa Civil e dos ministérios das Cidades, do Turismo e da Educação. Até o ano que vem, o PAC das Cidades Históricas será voltado para 50 cidades, que ainda não foram todas escolhidas - segundo o Ministério da Cultura, mil imóveis privados devem receber financiamento nesta primeira fase, além de cem monumentos e prédios públicos serem restaurados e 120 atividades produtivas locais receberem investimentos. Algumas regiões já enviaram orçamentos para o projeto. Na segunda fase do PAC, entre 2011 e 2012, as 74 cidades restantes vão entrar no pacote - o Iphan afirma que também poderá aceitar propostas de outros municípios interessados no projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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terça-feira, 4 de agosto de 2009

NOSSAS HOMENAGENS AOS 80 ANOS DO PROF. AMARAL LAPA (IN MEMORIA)

Em homenagem ao Prof. Lapa na data em que completaria 80 anos, gostaria de oferecer um texto que escrevi na ocasião de seu falecimento, em junho de 2000.
Mirza Pellicciotta

Morreu meu professor. Aquele que me ensinou a pensar historicamente, que me ensinou a ler História – ler estudos e documentos -; que me ensinou a identificar nos trabalhos de pesquisadores, as formulações históricas (em suas estruturas e desdobramentos); que me ensinou o valor das fontes documentais para a reescrita da própria história; que me deu fundamentos da formação do Brasil; que me ensinou a ensinar; que me ensinou a pesquisar.

Nós perdemos o Professor José Roberto do Amaral Lapa, um dos mais importantes historiadores brasileiros com quem contávamos há muito tempo para um profundo repensar da história de Campinas e região. Um repensar, por sua vez, que ultrapassava qualquer perspectiva provinciana para inserir-se na formação e no desenvolvimento do Brasil. Com estes propósitos, o Professor Lapa como era conhecido, deu início no final da década de 1970 à formação de historiadores dotados de uma perspectiva coletiva de investigação e produção teórica. Através do Departamento de História e do Centro de Memória da UNICAMP (por ele criado) juntavam-se alunos de graduação e pós-gradução, pesquisadores e estudiosos de formação diversa na busca de contribuir para a defesa e organização de um amplo acervo de documentos essencial à releitura desta mesma sociedade, estendendo-se as atenções sobre instituições, famílias, processos urbanísticos, aspectos culturais, etc.. que apareciam como elementos constituidores de nossa cidade e região.

Nos últimos anos, como que num esforço de síntese destes propósitos, o Professor Lapa passou a dedicar-se ao reconhecimento de uma Campinas pobre que no curso dos séculos fora capaz de excluir de forma brutal grande parte dos personagens que de fato a construíram. E por meio de um coro diferente dos hinos de progresso, passou a retirar do anonimato uma massa de escravos, imigrantes, desvalidos e mendigos para compor uma outra história da região. O professor teve tempo de concluir este trabalho mas não de publica-lo, e de deixar, entre tantas outras contribuições, uma mensagem clara aos seus eternos alunos: a de que o verdadeiro papel do historiador consiste em promover o resgate da dignidade histórica de todos os seus personagens.

A obra de José Roberto do Amaral Lapa encontra-se agora disseminada na vida de várias gerações de estudantes, de pesquisadores, de professores, de jornalistas, de membros das instituições locais, das Universidades que integrou, dos leitores de seus estudos, e também, na vida daqueles que sem o conhecerem, receberão seu legado por meio da existência do Centro de Memória da UNICAMP e do próprio Departamento de História desta Universidade – que ajudou a formar e a desenvolver -, e acima de tudo, por meio de suas contribuições definitivas à historiografia brasileira, em seu mais amplo sentido.

Somos professores e reafirmamos o nosso compromisso de sê-lo. Mas, em particular, somos professores que reafirmamos o compromisso de partilhar de um conhecimento rigoroso e investigativo sem fronteiras, um conhecimento coletivo e coletivizador que possa contagiar cada aluno e envolve-lo na tarefa de produzir novas frentes e perspectivas de saber. Obrigada, professor José Roberto do Amaral Lapa, por me permitir partilhar de uma perspectiva tão cristalina: o de buscar o conhecimento com base no mais profundo respeito pela soma de cada um e em meio ao qual ninguém possui propriedade, apenas compromissos. Mas, acima de tudo, obrigada por nos esclarecer sobre o papel que nosso conhecimento deve cumprir nesta sociedade: o de restituir dignidade histórica aos seus integrantes, em particular àqueles que dela se acham excluídos, seja no passado, seja no presente.

PRINCIPAIS TRABALHOS DO PROF. DR. JOSÉ ROBERTO DO AMARAL LAPA
Lapa, José R. do Amaral. A Bahia e a Carreira da Índia. São Paulo: Nacional, 1968
Lapa, José R. do Amaral. Economia Colonial. São Paulo: Perspectiva, 1973
Lapa, José R. do Amaral. Historiografia Brasileira Contemporânea: A História em Questão. Petrópolis: Vozes, 1976
Lapa, José R. do Amaral (Texto Inédito e Apresentação). Livro da Visitação do Santo Ofício da Inquisição ao Estado do Grão-Pará (1763-1769). Petrópolis: Vozes, 1978
Lapa, José R. do Amaral (org.). Modos de Produção e Realidade Brasileira. Petrópolis: Vozes, 1980
Lapa, José R. do Amaral. História e Historiografia – Brasil pós-64. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985
Lapa, José R. do Amaral (org.). História Política da República. Campinas: Papirus, 1990
Lapa, José R. do Amaral. O Sistema Colonial. SP: Editora Ática, 1991
Lapa, José R. do Amaral. A Cidade: os Cantos e os Antros – Campinas 1850-1900. São Paulo: Edusp, 1996
* Além dessas obras, há inúmeras publicações dispersas em Livros Coletivos, Periódicos, Anais de Eventos, Relatórios de Pesquisa entre outros.

Por fim, vale considerar que em 2008, numa parceria entre as editoras da USP e Unicamp, o Centro de Memória conseguiu publicar "Os Excluídos. Contribuição à história da pobreza no Brasil (1850-1930)".
+ Conheça a homenagem feita pelo blog Pró Memória de Campinas clicando no título

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