sexta-feira, 29 de maio de 2009

Documentos da Inquisição - A digitalização do acervo da Torre do Tombo promete revolucionar a historiografia sobre Inquisição


Renato Venâncio

Quem frequenta arquivos sabe que pesquisa custa caro. São necessárias várias horas de dedicação e deslocamentos constantes à instituição que guarda os documentos. E esse trabalho é ainda mais dificultado quando os arquivos ficam em outros países. Talvez o exemplo mais conhecido dessa restrição seja o relativo aos processos inquisitoriais. Desde que foram abertos à pesquisa e despertaram interesse dos historiadores brasileiros, a consulta a eles dependeu de viagens a Portugal e de complicadas e dispendiosas encomendas de cópias microfílmicas ou digitais.

Em fins de 2008, esse problema começou a ser resolvido graças à disponibilização progressiva da documentação inquisitorial, relativa a Portugal e demais áreas do império português, no site Torre do Tombo on-line da Direção Geral de Arquivos de Portugal. Várias preciosidades já estão disponíveis. Um exemplo é o processo ocorrido em Traíras, arcebispado da Bahia, que se iniciou em 1793 e diz muito sobre as crenças religiosas populares. Nele, João da Silva, filho de Pedro (vulgo “o Maneta”), é acusado de “desacato ao Santíssimo Sacramento”.

O site da Torre do Tombo permite a navegação pelos mais diversos documentos através dos índices temáticos: "Universo do documento", com links para mapas, selos, gravuras, partituras, etc; "Formação de Portugal", seção dividida em reconhecimento do reino, afirmação da língua e organização do território; "Sociedade e Cultura Portuguesa", que trata dos valores, religião e da repressão cultural do país lusófono; e, enfim, "Portugal e o mundo", sobre relações internacionais e representações do outro. Não podemos menosprezar a digitalização dos arquivos da Torre do Tombo, que desde a Idade Média prestou serviço como Arquivo do rei. Trata-se do início de uma revolução nos estudos sobre a Inquisição, uma vez que mais e mais pesquisadores poderão explorar um rico universo de documentação inquisitorial com acesso bastante restrito até recentemente.

Renato Venâncio é professor da Universidade Federal de Ouro Preto

terça-feira, 26 de maio de 2009

Projeto "História e Patrimônio Cultural" é premiado no Piauí

O projeto "História e Patrimônio Cultural" da professora-doutora Áurea Pinheiro do curso de História da Universidade Federal do Piauí (UFPI) foi contemplado pelo Prêmio de Mídia Livre, realizado pelo Ministério da Cultura, na categoria Nacional/ Regional. O objetivo da premiação é apoiar iniciativas de comunicação livre existentes no país. Com o prêmio no valor de R$ 120 mil, a professora Áurea Pinheiro poderá desenvolver as iniciativas do projeto e ampliar as pesquisas sobre a interação entre o ensino de história e a valorização do patrimônio cultural brasileiro. Mais informações sobre o projeto, iniciado em 2008, com a realização do Congresso Internacional de História e Patrimônio Cultural, na Universidade Federal do Piauí, podem ser encontradas no site www.historiaepatrimonio.com.br

No seu primeiro ano de atuação o Prêmio Pontos de Mídia Livre premiou 60 iniciativas de comunicação compartilhada e participativa, realizadas por Pontos de Cultura e/ou instituições sem fins lucrativos e legalmente constituídas que desenvolvem ou apóiam projetos dessa ordem.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Concurso para Restaurador - Universidade Federal de Ouro Preto
UFOP abre concurso para o cargo de Restaurador de Objetos Tridimensionais e Documentais para o Departamento de Museologia.

Inscrições do dia 19/05/2009 até o dia31/05/2009.

Informações: http://www. concurso. ufop. br/images/stories/edital_proad_98_2009. pdf

Edital Arte e Patrimônio - 2009


O Edital Arte e Patrimônio - 2009 é uma iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, por meio do Paço Imperial, com patrocínio da Petrobras, e integra as ações do programa Brasil Arte Contemporânea do Ministério da Cultura.

O Edital estabelece linhas de financiamento a projetos que estabeleçam diálogos entre as artes visuais contemporâneas e o patrimônio artístico e histórico nacional, visando relacionar dois universos de referências culturais, por um lado, trabalhos artísticos e processos estéticos atuais e, por outro, os acervos, as tradições, as culturas e os sítios que estabelecem a memória do País. Pretende-se realizar, por meio deste Edital, pelo menos 10 (dez) projetos de difusão da temática patrimônio cultural e artes visuais, que deverão acontecer em todo o território nacional. Esses projetos de interação entre arte contemporânea e patrimônio receberão incentivos de até R$100.000 cada;

O Edital contemplará projetos que proponham obras, ações artísticas e reflexões estéticas contemporâneas que estabeleçam tais relações. A atualidade de cada proposta deverá ser explicitada através da abordagem textual, da conceituação de seu intento e, pelo menos, visualizações gráficas que projetem de forma sintética o.que ocorrerá. Para efeito de consideração do que se entende como Patrimônio Cultural, o edital sugere que a relação proposta pelos trabalhos se configure no enfrentamento com os seguintes campos de valor:
1. Patrimônio Cultural como Arte – memória, objetos e modos de percepção históricos da arte; experiências, experimentações, movimentos e estilos artísticos, propostas e conceitos estéticos;
2. Patrimônio Cultural como Tradição – memória, objetos e modos advindos de fazeres e saberes tradicionalmente cultivados; experiências, populações e territórios antropologicamente constituídos e estabelecimentos mestiços;
3. Patrimônio Cultural como Civilização – memória, objetos e modos de ordenações, racionalização técnica e de urbanização da vida; experiências, linguagens, circulações públicas, formações cultas e eruditas ocidentais;
4. Patrimônio Cultural como Cosmologia – memória, objetos e modos ritualizados, míticos e místicos de culto; experiências étnicas, remanescentes arqueológicos, línguas não ocidentais e locais sagrados.

Os projetos serão selecionados pela visibilidade que gerarão, permitindo ao maior número de espectadores o contato direto e público com as suas realizações, da mesma maneira com os documentos oriundos de seu desenvolvimento. As iniciativas financiadas devem visar à ampliação do acesso da população brasileira aos bens, objetos, sítios e narrativas culturais marcadas pela nossa história e nossas tradições, tanto quanto permitir ao amplo público o conhecimento das produções e manifestações artísticas mais recentes e dos conceitos atuais que desenham o campo da Arte Contemporânea.

Para saber + clique no título

Relatos de viajantes promovem a reflexão sobre as origens do Brasil


A história do Brasil ensinada nas escolas e difundida nos livros didáticos muitas vezes apresenta como algo natural a fusão de diferentes etnias que marcam a formação do território e da identidade nacional, como se o país tivesse nascido pronto. No entanto, para entender a constituição desta sociedade muito heterogênea é preciso acompanhar o processo por séculos e mergulhar nas histórias que marcaram nossos costumes e valores, tal como o fazem Jean Marcel Carvalho e Ronald Raminelli em Andanças pelo Brasil Colonial: catálogo comentado (1503-1808), lançado agora pela Editora Unesp.

Dedicado exclusivamente às narrativas de viajantes franceses, britânicos, alemães, holandeses e espanhois, entre outras nacionalidades, que mencionam o Brasil, o livro faz um resgate de alguns mitos fundadores da identidade brasileira por meio do olhar estrangeiro. Começa em 1503, com viagem de Binot Paulmier de Gonneville, primeiro navegador francês que aportou por aqui, e termina com a vinda da família real para o Rio de Janeiro, em 1808.

No meio desse percurso aparecem inúmeros relatos que abordam, entre outros temas, as interessantes aventuras de piratas europeus na região, a invasão dos holandeses no nordeste e dos franceses no Rio de Janeiro e a relação da sociedade local e dos estrangeiros com as diferentes tribos indígenas espalhadas pelo território nacional. A utilização de belas e curiosas imagens antigas juntos aos trechos selecionados criam uma atmosfera de sedução para o relato dessas importantes passagens.

Organizado de maneira original, o catálogo apresenta informações biográficas sobre cada viajante e sua viagem e dados sobre a obra. Após anos dedicados à pesquisa das histórias de viagens, a obra de Ronald Raminelli e Jean Marcel assume um papel central na historiografia brasileira, carente de catálogos especializados.

Fonte: Editora da UNESP - site www.editoraunesp.com.br

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