As aquarelas de Reis Carvalho (artista plástico que acompanhou a Comissão Científica de Exploração entre 1859 e 1861) servem de base para conduzir o público do Ceará de hoje ao de 150 anos atrás. A exposição 150 Anos da Comissão Científica de Exploração, em cartaz no Museu do Ceará, equipamento cultural ligado à Secretaria da Cultura do Ceará, reúne reproduções dessas aquarelas e series de fotografias atuais que remontam o caminho trilhado pela Comissão.
Há 150 anos, o Imperador D. Pedro II nomeou um grupo de estudiosos para uma pesquisa no Ceará, que tinham como ponto de partida a questão das secas, que aflige desde sempre a região. Com a Comissão, veio o artista plástico Reis Carvalho, aluno de Debret, que deixou uma série de aquarelas que fixam paisagens, casario, e algumas manifestações culturais.
A partir destas aquarelas, pensou-se em uma atualização do olhar sobre o Ceará. Contemplado no V Edital de Incentivo às Artes, da Secult/CE, o repórter fotográfico Francisco Sousa empreende viagens pelo interior do Ceará, desde 2002 (com o jornalista Gilmar de Carvalho), reunindo um acervo de imagens, que estão nos livros “Artes da Tradição” (2005) e “Rabecas do Ceará”, (2006) e que são parte da mostra.
Além das fotografias de Francisco, a exposição amplia o olhar, reunindo fotografias de alunos de oito escolas públicas do Estado, frutos de oficinas ministradas pelo fotógrafo. O resultado é uma homenagem diversificada ao sesquicentenário da Comissão Científica. São imagens caleidoscópicas, sem retoques de programas de imagens, que mostram um Ceará rico e surpreendente em suas múltiplas faces.
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